154) Em 27 de agosto de 1902, nasceu no Rio de Janeiro, o médico homeopata e compositor Alberto Ribeiro da Vinha.

Um resumo da produção artística de Alberto Ribeiro da Vinha é descrito pelo Dr. Izao Carneiro Soares em seu livro “Hipócrates e a Música, editado pelo Museu Abrahão Brickmann de Ribeirão Preto, em 2009.

“...O Museu trabalha exatamente pela preservação da memória da Homeopatia. Dentre suas funções está o resgate da biografia de médicos homeopatas.

Alberto Ribeiro da Vinha foi um deles. Por tal razão, o Museu documenta tudo o que se relaciona com sua vida.

É preciso entender que um museu se faz com a participação da comunidade; desse modo, toda colaboração para enriquecer seu acervo será bem-vinda.

Formado em Medicina tornou-se médico homeopata, em 1934.

“...Seu consultório era na rua Senador Dantas, 20 - oitavo andar.
Cobrava honorários com bastante moderação por sua consciência social.

Analisando sua obra, podemos verificar que seu nome é bastante desconhecido, se levarmos em conta o seu trabalho humanitário como médico homeopata e apaixonado por música, fazendo parte do período de ouro da música popular brasileira.

Chegou a compor cerca de 200 músicas, muitas de grande sucesso.

As pessoas, em geral, conhecem as canções, decoram as letras mas desconhecem o Autor.

Com Alberto Ribeiro (como era conhecido no meio artístico), não foi diferente...”


“Alberto merece nossa consideração por ter beneficiado muitas pessoas com o tratamento homeopático e também por ter propiciado momentos de felicidade a muita gente com suas belíssimas, inspiradíssimas e tocantes músicas: sambas-canção, marchas carnavalescas, juninas, natalinas, músicas de cunho social (chegando mesmo a ser preso pela ditadura Vargas), etc.

Ainda em seu relato, diz Dr. Izao: “...Trago recordações alegres de minha infância, especialmente do samba-canção gravado por Francisco Alves o qual escutava em disco de 78 rotações e vivia cantando em casa: "ONDE O CÉU AZUL É MAIS AZUL".

Somente após fundar e dirigir o Museu de Homeopatia é que fiquei sabendo que tal obra-prima de nosso cancioneiro, dentre muitas outras, foi composta por um médico homeopata em parceria com João de Barro (o Braguinha) e Alcir Pires Vermelho.”

Admirem a letra:

“Eu já encontrei um dia alguém
Que me perguntou assim, Iaiá
O seu Brasil o que é que tem?

O seu Brasil onde é que está?
Onde o céu azul é mais azul

E uma cruz de estrelas mostra o sul
Ali se encontra o meu país

Esse Brasil grande e tão feliz

Que tem junto ao mar palmeirais
No sertão seringais

E no sul verdes pinheirais

Um jangadeiro que namora o mar

Verde mar a beijar brancas praias sem fim
Quando faz luar

Um garimpeiro que lá no sertão
Procura estrelas raras pelo chão

E um boiadeiro que tangendo os bois
Trabalha muito pra sonhar depois

Se é grande o céu, a terra e o mar
O seu povo bom não é menor
Mas o que faz admirar

Eu vou dizer, guarde bem de cor
Quem vê o Brasil que não tem fim
Não chega a saber por que razão
Esse país tão grande assim

Cabe inteirinho no meu coração!


Em seu livro, Dr Izao Carneiro Soares, transcreve as letras das seguintes músicas:


Sonho de papel

Balancê

Noites de Junho

Touradas em Madri

Capelinha de Melão

Pirulito

Tem gato na tuba

Chiquita Bacana

Valsa da Despedida e

Copacabana.


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Síntese de Antonio de Oliveira Lobão - CESAHO, a partir de

Soares, Izao Carneiro.

“Hipócrates e a música: unidos e cantados nos meus 50 anos de Escultura” Museu de Homeopatia Abrahão Brickmann e IHFL, Ribeirão Preto, 2009.


Solicitações: Museu Abrahão Brickmann
Rua Américo Brasiliense, 1451- Ribeirão Preto - SP - Brasil
Tel. (16) 3636 8889 ou 3610 6088
End. Eletrônico - museuab@lamasson.com .br
Diagramação e digitação: Claudete Camargo Pereira Basaglia e Marisa Cheruti Fusco.
Capa: representa o autor do livro no Colégio Alberto Conte com um rádio de pilha na mão.
Revisão: Edméa Marturano Villela

Direito de Cópia 2009 do Museu de Homeopatia Abrahão Brickmann e do
Instituto Homeopático François Lamasson


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Inserido neste site em 26/08/2009.

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